Que o corpo humano sempre foi algo extraordinariamente maravilhoso e complexo todo mundo sabe, especialmente quem dedica a vida a estudar os processos que permeiam a atividade cerebral, a expressão gênica e os vários caminhos metabólicos das substâncias.
Agora, o que tem mais me surpreendido nesse mundo é o QUIMERISMO.
Com o aumento no número de testes de paternidade, casos antes sem precedentes e que apesar de raros ganham cada vez mais destaque nas manchetes dos jornais.
Como a história da mulher que descobriu ser sua própria gêmea. Isso porque ao fazer um teste de DNA, este indicou que seus 4 filhos não eram geneticamente dela, e que estavam mais para seus sobrinhos, mas ela nem tinha irmã.
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Ou do homem que ao perceber que o tipo sanguíneo do filho era incompatível, acreditou que o laboratório havia errado na inseminação da esposa, mas descobriu que a criança, na verdade, era geneticamente filho do irmão gêmeo do pai, que nunca chegou a nascer.
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Esse fenômeno raríssimo ocorre porque no desenvolvimento embrionário existe a formação de dois zigotos, geneticamente diferentes, mas eles se aproximam tanto, que acabam juntando o material genético e originando um único indivíduo.
No mundo animal, e mais raramente ainda no vegetal, forma espécies com duas colorações distintas bilateralmente. Como mostrado nas seguintes imagens.
O quimerismo é associado muitas vezes ao mosaicismo, um fenômeno
biológico onde o mesmo indivíduo também apresenta células geneticamente
diferentes. Porém, o motivo para isso acontecer não é uma fusão de
células de indivíduos diferentes como o quimerismo, mas sim uma
modificação genética (mutações gênicas ou cromossômicas) de células que
são de um mesmo ser.
Mas definitivamente, esse fenômeno entrará para as aulas de biologia somente porque o Enem 2015 o abordou em sua prova com a seguinte questão:
Resposta correta: E, afinal de contas podemos carregar células de um possível irmão gêmeo e até mesmo de filhos.
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