segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Sibéria vive "apocalipse zumbi"

Em 1941, a Sibéria vivia um surto de Antraz e muitos animais foram enterrados na camada de solo que nunca descongela, chamado Permafrost.
Esporos da bactéria Bacillus anthracis podem sobreviver por 100 anos em condições inóspitas e em 2016, com um aumento de 5º C na temperatura do verão Russo, essa camada de gelo derreteu consideravelmente e despertou novamente essa bactéria, que estava alojada em corpos de renas.


Desde agosto, essa bactéria já matou 2.300 renas  no distrito de Iamalo-Nenets, na Sibéria, norte da Rússia e 10 pessoas. 90 pessoas estão de quarentena e todas que passaram pelo local estão sendo monitoradas.

A transmissão para seres humanos se dá por animais herbívoros, carne, lã ou couro infectados. A doença pode ser tratada com antibióticos, como a penicilina e a ciprofloxacina resolvem o problema, bem como o isolamento, visto que a doença é bastante contagiosa. Mas os cuidados devem ser iniciados logo após a confirmação da presença da bactéria no organismo.
Você pode ler mais sobre essa doença nesse post:  Carbúnculo/Antraz
A preocupação dos cientistas e do governo é que as endemias da bactéria e vírus se tornem mais comuns conforme o planeta continua a esquentar.
Há 100 anos, vários cadáveres contaminados com varíola também foram enterrados sob essa camada de gelo, que se continuar derretendo poderá despertar um dos vírus mais letais, atualmente erradicado no Mundo.



sábado, 27 de fevereiro de 2016

Dengue x Zika x Chikungunya

O Brasil por ser um país tropical e subtropical, com clima quente e úmido, apresenta condições ideais para a proliferação de insetos, especialmente mosquitos.
Entre os mosquitos transmissores de doenças, o Aedes aegypti é a espécie que merece maior atenção, pois transmite a dengue, a chikungunya e a zika.


 Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue, a chikungunya e a zika são doenças que apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, pequenas diferenças existem e podem ser usadas como critério para a diferenciação.




Para se ter uma ideia, os registros de casos prováveis de dengue, foram 48% maiores até 23 de janeiro do que no mesmo período de 2015, ano em que os casos da doença bateram recorde no país, com 1,6 milhão de registros. Até este momento, o Brasil já acumula 73.872 notificações da doença, ante os 49.857 do ano anterior. Um sinal de que 2016 deve ser um ano de forte epidemia.
O número de infectados pela chikungunya chegaram a 20.662 em 2015, mas os dados de 2016 não foram divulgados.
fonte: Link1 

Com relação ao vírus Zika, muitas informações são desencontradas e muitas dúvidas pairam no ar, mas o que realmente as pesquisas já sabem é que:

fonte: Link2

A melhor forma de combater essas doenças ainda é a prevenção.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O que há por trás da microcefalia?

Depois de um período de férias, inclusive do computador, retorno hoje falando de um assunto que está assustando muito a população, em geral, mas especialmente as grávidas e quem desejada engravidar, o surto de microcefalia.

Para começar, vamos entender o que é essa doença...

A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, o que prejudica o seu desenvolvimento mental, porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça e desenvolva suas capacidades normalmente.


As crianças com microcefalia podem ter graves consequências como:
  • Atraso mental;
  • Déficit intelectual;
  • Paralisia;
  • Convulsões;
  • Epilepsia;
  • Autismo;
  • Rigidez dos músculos.

 De acordo com Orioli e Lopez-Camelo, a média histórica da prevalência de microcefalia no Brasil é de 2 casos a cada 10 mil nascimentos. E entre as causas estão:
  • Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose;
  • Consumo de cigarro, álcool ou drogas como cocaína e heroína durante a gravidez;
  • Síndrome de Rett;
  • Envenenamento por mercúrio ou cobre;
  • Meningite;
  • Desnutrição;
  • HIV materno;
  • Doenças metabólicas na mãe como fenilcetonúria;
  • Exposição à radiação durante a gestação;
  • Uso de medicamentos contra epilepsia, hepatite ou câncer, nos primeiros 3 meses de gravidez.

No entanto, entre maio de 2015 e janeiro de 2016, eram esperados, por exemplo 45 casos de microcefalia no estado de Pernambuco, mas esse número foi 25 vezes maior, o que despertou a preocupação dos órgãos públicos.

Segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde brasileiro, foram reportados 4.180 supostos casos de microcefalia desde outubro e há uma recomendação do órgão para que os Estados informem todos os casos suspeitos.

Desses, 270 foram confirmados, 462 foram descartados e 3.448 estão sob investigação. O governo afirma que as confirmações devem aumentar – esses 270 bebês com microcefalia já representam quase o dobro do número de casos registrados anualmente no país, que é de 150.

Em novembro de 2015, exames em um bebê com microcefalia indicaram a presença do Zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, e este passou a ser o principal suspeito desse surto.

A principal explicação para o fato ddo Zika vírus ser encontrado na placenta e no líquido amniótico está no fato de quando a mulher pega Dengue, suas células de defesa atacam e vencem o vírus da dengue, mas estas células quando se encontram com o Zika vírus, que é muito parecido com o da dengue, somente englobam este vírus mas não conseguem eliminá-lo do corpo. Com esta proteção, o vírus pode alcançar todas as regiões do corpo, que normalmente não podem ser alcançadas, e dessa forma ele pode atravessar a placenta e chegar até o bebê, causando microcefalia.

No entanto, mais pesquisas precisam ser realizadas e vacinas eficazes serem produzidas. Mas, nós podemos continuar a luta contra o mosquito, evitando locais com água parada.

Fontes: Link1 Link 2 Link 3