segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O que há por trás da microcefalia?

Depois de um período de férias, inclusive do computador, retorno hoje falando de um assunto que está assustando muito a população, em geral, mas especialmente as grávidas e quem desejada engravidar, o surto de microcefalia.

Para começar, vamos entender o que é essa doença...

A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, o que prejudica o seu desenvolvimento mental, porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça e desenvolva suas capacidades normalmente.


As crianças com microcefalia podem ter graves consequências como:
  • Atraso mental;
  • Déficit intelectual;
  • Paralisia;
  • Convulsões;
  • Epilepsia;
  • Autismo;
  • Rigidez dos músculos.

 De acordo com Orioli e Lopez-Camelo, a média histórica da prevalência de microcefalia no Brasil é de 2 casos a cada 10 mil nascimentos. E entre as causas estão:
  • Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose;
  • Consumo de cigarro, álcool ou drogas como cocaína e heroína durante a gravidez;
  • Síndrome de Rett;
  • Envenenamento por mercúrio ou cobre;
  • Meningite;
  • Desnutrição;
  • HIV materno;
  • Doenças metabólicas na mãe como fenilcetonúria;
  • Exposição à radiação durante a gestação;
  • Uso de medicamentos contra epilepsia, hepatite ou câncer, nos primeiros 3 meses de gravidez.

No entanto, entre maio de 2015 e janeiro de 2016, eram esperados, por exemplo 45 casos de microcefalia no estado de Pernambuco, mas esse número foi 25 vezes maior, o que despertou a preocupação dos órgãos públicos.

Segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde brasileiro, foram reportados 4.180 supostos casos de microcefalia desde outubro e há uma recomendação do órgão para que os Estados informem todos os casos suspeitos.

Desses, 270 foram confirmados, 462 foram descartados e 3.448 estão sob investigação. O governo afirma que as confirmações devem aumentar – esses 270 bebês com microcefalia já representam quase o dobro do número de casos registrados anualmente no país, que é de 150.

Em novembro de 2015, exames em um bebê com microcefalia indicaram a presença do Zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, e este passou a ser o principal suspeito desse surto.

A principal explicação para o fato ddo Zika vírus ser encontrado na placenta e no líquido amniótico está no fato de quando a mulher pega Dengue, suas células de defesa atacam e vencem o vírus da dengue, mas estas células quando se encontram com o Zika vírus, que é muito parecido com o da dengue, somente englobam este vírus mas não conseguem eliminá-lo do corpo. Com esta proteção, o vírus pode alcançar todas as regiões do corpo, que normalmente não podem ser alcançadas, e dessa forma ele pode atravessar a placenta e chegar até o bebê, causando microcefalia.

No entanto, mais pesquisas precisam ser realizadas e vacinas eficazes serem produzidas. Mas, nós podemos continuar a luta contra o mosquito, evitando locais com água parada.

Fontes: Link1 Link 2 Link 3

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