Depois de um período de férias, inclusive do computador, retorno hoje falando de um assunto que está assustando muito a população, em geral, mas especialmente as grávidas e quem desejada engravidar, o surto de
microcefalia.
Para começar, vamos entender o que é essa doença...
A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são
menores que o normal para a sua idade, o que prejudica o seu
desenvolvimento mental, porque os ossos da cabeça, que ao nascimento
estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça e
desenvolva suas capacidades normalmente.
As crianças com microcefalia podem ter graves consequências como:
- Atraso mental;
- Déficit intelectual;
- Paralisia;
- Convulsões;
- Epilepsia;
- Autismo;
- Rigidez dos músculos.
De acordo com Orioli e Lopez-Camelo, a média histórica da prevalência de
microcefalia no Brasil é de 2 casos a cada 10 mil nascimentos. E entre as causas estão:
- Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose;
- Consumo de cigarro, álcool ou drogas como cocaína e heroína durante a gravidez;
- Síndrome de Rett;
- Envenenamento por mercúrio ou cobre;
- Meningite;
- Desnutrição;
- HIV materno;
- Doenças metabólicas na mãe como fenilcetonúria;
- Exposição à radiação durante a gestação;
- Uso de medicamentos contra epilepsia, hepatite ou câncer, nos primeiros 3 meses de gravidez.
No entanto, entre maio de 2015 e janeiro de 2016, eram esperados, por exemplo 45 casos de microcefalia no estado de Pernambuco, mas esse número foi 25 vezes maior, o que despertou a preocupação dos órgãos públicos.
Segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde
brasileiro, foram reportados 4.180 supostos casos de microcefalia desde
outubro e há uma recomendação do órgão para que os Estados informem
todos os casos suspeitos.
Desses, 270 foram confirmados, 462 foram
descartados e 3.448 estão sob investigação. O governo afirma que as
confirmações devem aumentar – esses 270 bebês com microcefalia já
representam quase o dobro do número de casos registrados anualmente no
país, que é de 150.
Em novembro de 2015, exames em um bebê com microcefalia indicaram a presença do Zika vírus, transmitido pelo
Aedes aegypti, e este passou a ser o principal suspeito desse surto.
A principal explicação para o fato ddo Zika vírus ser encontrado na placenta e no líquido amniótico está no fato de quando a mulher pega Dengue, suas células de defesa atacam e vencem o
vírus da dengue, mas estas células quando se encontram com o Zika vírus,
que é muito parecido com o da dengue, somente englobam este vírus mas
não conseguem eliminá-lo do corpo. Com esta proteção, o vírus pode
alcançar todas as regiões do corpo, que normalmente não podem ser
alcançadas, e dessa forma ele pode atravessar a placenta e chegar até o
bebê, causando microcefalia.
No entanto, mais pesquisas precisam ser realizadas e vacinas eficazes serem produzidas. Mas, nós podemos continuar a luta contra o mosquito, evitando locais com água parada.
Fontes:
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