O número de pessoas no planeta
não para de subir e isso exige maior produção de alimentos. No entanto, para
produzir mais alimentos, mais áreas precisam ser desmatadas e preparadas para o
plantio.
Acontece que a Natureza é muito
ágil em se restabelecer e o que se denomina pragas ou ervas daninhas é o que
chamamos, na ecologia, de Sucessão Ecológica. Ou seja, uma série de eventos,
capazes de produzir um novo ecossistema onde outrora não existia (sucessão
primária) ou para substituir um destruído (sucessão secundária).
Acontece que para conter essas
pragas, seja insetos ou plantas pioneiras, o setor agrícola faz uso de grande
quantidade de agrotóxicos.
Uma pesquisa, realizada em 2015 e
divulgada no site: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/uso-agrotoxicos-subiu-162-12-anos-mostra-pesquisa-859520.shtml?utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel. aponta que somente em 2012,
823.226 toneladas de agrotóxicos foram comprados no Brasil e muitos deles,
proibidos em outros países. Desde 2009 somos o país que mais consome esse tipo
de substâncias. Ou seja, cada pessoa, em média consome 5,5 Kg de substâncias
tóxicas por ano. UM ABSURDO...
Inclusive, alimentos transgênicos
que foram criados para serem resistentes a pragas e por isso precisariam
utilizar menos agrotóxicos se mostraram frágeis e por serem mais suscetíveis a
pragas, a quantidade de veneno teve que ser aumentada.
Entre os principais problemas
relacionados a intoxicação dessas substâncias pode-se citar: a malformação de
feto, câncer, disfunção fisiológica, problemas cardíacos e neuronais. E registros
afirmam que entre 2007 e 2014, no Brasil, foram 34.147 casos de intoxicação.
Entre os alimentos que consumimos e que apresentam a maior quantidade de substâncias tóxicas podemos citar:
É preciso repensar nosso modo de
produção agrícola e iniciar a produção mais voltada a agroecologia, como forma
sustentável e saudável de produção no longo prazo.
Entre as ações mais urgentes
estão: priorizar a implantação de uma Política Nacional de Agroecologia no
lugar do financiamento público ao agronegócio; impulsionar debates
internacionais e enfrentar a concentração do sistema alimentar mundial; banir
os agrotóxicos já proibidos em outros países; rever os parâmetros de
potabilidade da água, para limitar o número de substâncias químicas aceitáveis
e diminuir os valores máximos permitidos e proibir a pulverização aérea de
agrotóxicos.
Não podemos mais ficar indiferentes a essa situação e esconder o problema "embaixo do tapete", pois seremos nós as maiores vítimas.
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