segunda-feira, 4 de maio de 2015

Agrotóxicos... até quando?



O número de pessoas no planeta não para de subir e isso exige maior produção de alimentos. No entanto, para produzir mais alimentos, mais áreas precisam ser desmatadas e preparadas para o plantio.

Acontece que a Natureza é muito ágil em se restabelecer e o que se denomina pragas ou ervas daninhas é o que chamamos, na ecologia, de Sucessão Ecológica. Ou seja, uma série de eventos, capazes de produzir um novo ecossistema onde outrora não existia (sucessão primária) ou para substituir um destruído (sucessão secundária).

Acontece que para conter essas pragas, seja insetos ou plantas pioneiras, o setor agrícola faz uso de grande quantidade de agrotóxicos.

Uma pesquisa, realizada em 2015 e divulgada no site: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/uso-agrotoxicos-subiu-162-12-anos-mostra-pesquisa-859520.shtml?utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel. aponta que somente em 2012, 823.226 toneladas de agrotóxicos foram comprados no Brasil e muitos deles, proibidos em outros países. Desde 2009 somos o país que mais consome esse tipo de substâncias. Ou seja, cada pessoa, em média consome 5,5 Kg de substâncias tóxicas por ano. UM ABSURDO...

Inclusive, alimentos transgênicos que foram criados para serem resistentes a pragas e por isso precisariam utilizar menos agrotóxicos se mostraram frágeis e por serem mais suscetíveis a pragas, a quantidade de veneno teve que ser aumentada.

Entre os principais problemas relacionados a intoxicação dessas substâncias pode-se citar: a malformação de feto, câncer, disfunção fisiológica, problemas cardíacos e neuronais. E registros afirmam que entre 2007 e 2014, no Brasil, foram 34.147 casos de intoxicação.

 Entre os alimentos que consumimos e que apresentam a maior quantidade de substâncias tóxicas podemos citar:

É preciso repensar nosso modo de produção agrícola e iniciar a produção mais voltada a agroecologia, como forma sustentável e saudável de produção no longo prazo.

Entre as ações mais urgentes estão: priorizar a implantação de uma Política Nacional de Agroecologia no lugar do financiamento público ao agronegócio; impulsionar debates internacionais e enfrentar a concentração do sistema alimentar mundial; banir os agrotóxicos já proibidos em outros países; rever os parâmetros de potabilidade da água, para limitar o número de substâncias químicas aceitáveis e diminuir os valores máximos permitidos e proibir a pulverização aérea de agrotóxicos.

Não podemos mais ficar indiferentes a essa situação e esconder o problema "embaixo do tapete", pois seremos nós as maiores vítimas.

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