Em 2001, durante a graduação apresentei meu primeiro trabalho científico, intitulado: Petróleo em Tangará: análise histórico-científica. A pesquisa foi desenvolvida, juntamente com a minha colega Joice Melin Crispim Webber, na disciplina de História da Ciência no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Videira/SC e apresentado em Blumenau/SC no VII Seminário Integrado de Iniciação Científica.
Foi uma experiência muito frustrante. Pois, estava despreparada e nervosa. No entanto, foi o estopim para que eu me interessasse mais pela pesquisa.
Em 2006, realizei uma pesquisa para minha Especialização em Biologia, pela Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras/MG. Intitulada: Análise comparativa entre a produção de Araucaria angustifolia e de Pinus taeda em Tangará, SC. A pesquisa foi muito elogiada e os professores da minha banca sugeriram publicações e especialmente divulgação dos resultados.
No entanto, não sabia como começar e as atribulações do dia-a-dia me fizeram engavetar toda essa pesquisa.
Em 2008, ingressei no programa de Pós-graduação em Mestrado em Educação e ao longo do primeiro ano, escrevi vários artigos, como requisitos para a aprovação nos componentes curriculares obrigatórios. E em todas, recebi de meus professores o incentivo para publicar. Mas novamente, não tinha ideia de como fazer.
Por isso, resolvi escrever esse post, na tentativa de expor minhas publicações e auxiliar aqueles que almejam fazer o mesmo.
Ainda 2008, a minha orientadora, a professora Nadir Castilho Delizoicov, me desafiou a escrever um relato de experiência e submeter ao 3º Encontro Regional de Biologia - EREBIO, na cidade de Ijuí/RS. O artigo Bactérias vilãs? relato de uma experiência. Relatava um trabalho de iniciação científica, realizado com alunos do ensino fundamental e apresentado em uma mostra do conhecimento no Colégio Superação. Como o trabalho, desenvolvido com quatro alunas da 6ª série, recebeu a primeira colocação, perante toda a escola, foi o tema escolhido para apresentar no evento.
Considero esse evento o mais importante, pois foi o que realmente me inseriu na comunidade científica da área de ensino de ciências.
Em 2009, apresentei no II Colóquio Internacional em
Educação, o trabalho: Formação do professor das séries iniciais do ensino
fundamental: a problematização do conhecimento e a experimentação
didática. Neste trabalho, também de relato de experiência, apresentou algumas discussões que realizei com acadêmicos do curso de Pedagogia da Unoesc de Joaçaba/SC, ao tentar por em prática tudo o que estava lendo sobre o ensino de ciências e a experimentação didática.
Ainda em 2009, apresentei no VII ENPEC - Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, o trabalho: A
experimentação didática no ensino fundamental: impasses e desafios. Na ocasião, tive o privilégio de apresentar os dados preliminares da minha dissertação para um grupo seleto de pesquisadores na área do ensino de ciências.
No entanto, como já estava grávida nesse evento, minha vida de pesquisadora teve que deixada em segundo plano.
Em 2012, finalmente conclui a minha pesquisa de mestrado, mas a vida de mãe e professora tomavam tanto o meu tempo, que escrever era algo fora da minha realidade.
http://www.unoesc.edu.br/images/uploads/mestrado/vanessa_wegner_agostini.pdf
Até que em 2014, fui instigada pela professora Maria Teresa Ceron Trevisol, minha segunda orientadora a escrever um artigo para o Sintec - Seminário Internacional de Educação em Ciências.
Na empolgação por escrever, acabei em 2014 produzindo muito. Segue as minhas publicações:
- I Jornada Integrada em Biologia. Com os trabalhos: As teorias de aprendizagem e o ensino de ciências e O Curso de Ciências Biológicas pelo Parfor. Com auxílio dos acadêmicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, da Unoesc, Videira/SC.
- IV Colóquio Internacional de Educação: Educação, Diversidade e Ação Pedagógica. Com o trabalho: A experimentação didática no ensino de ciências: uma proposta construtivista para a utilização do laboratório didático. Na Unoesc, Joaçaba/SC.
- III Sintec - Seminário Internacional de Educação em Ciências.Com o artigo: O Laboratório
Didático no Processo de Ensino e de Aprendizagem: analisando concepções
dos professores. Na FURG em Rio Grande/RS.
Mas, o mais gratificante é perceber que minhas ideias e meus artigos já estão sendo lidos, discutidos e citados por estudantes e pesquisadores de todo o Brasil.
Uma breve busca no google localizou os seguintes artigos, que citam as minhas pesquisas:
http://www.ufpi.br/subsiteFiles/pibidfisica/arquivos/files/Artigos-Alunos_1_GT-Abril_14.pdf
http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/ixenpec/atas/resumos/R0839-1.pdf
revistas.cefet-rj.br/index.php/revistaecultura/article/view/35
Portanto, para quem gosta de escrever, assim como eu, as minhas dicas são:
- Muita leitura. Ninguém consegue produzir nada se não estiver bem embasado teoricamente.
- Construir redes. Como a professora Galiazzi, comentou na sua conferência no III Sintec, sozinhos não conseguimos fazer muita coisa, mas com a ajuda e apoio de outras pessoas construimos contatos e nos fortalecemos como pesquisadores.
- Estar atento aos editais. Editais de eventos e de revistas da área, para adequar seus trabalhos as exigências da mesma.
- Disposição e dinheiro. Para bancar inscrições, viagens, hotéis e alimentação, nos eventos.
- Tempo. Para colocar no papel o resultado de uma atividade realizada ou de uma pesquisa.
Espero que tenham gostado...
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