O Brasil, era considerado o quinto país mais poluente, devido, principalmente ao desmatamento e a queimadas nas florestas.
No entanto, segundo a reportagem de Akemi Nitahara, Agência Brasil, disponível no site: http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-10-08/brasil-polui-como-pais-desenvolvido-diz-pesquisador-do-ipcc.
"O desmatamento deixou de ser a principal causa de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, que passou a ter como principal fonte de emissão a queima de combustível fóssil, poluindo "como um país desenvolvido”, segundo avaliação do pesquisador peruano José Marengo, representante latino-americano no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês). Ele é professor de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foi indicado pelo Brasil para o programa de monitoramento do clima.
De acordo com o pesquisador, o
inventário de emissão de gases de efeito estufa de 2010, lançado em 2013
pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que houve a
inversão do tipo de poluição predominante no Brasil em comparação ao
relatório anterior, de 2004.
“Desde
2008, talvez um pouquinho antes, a taxa de desmatamento na Amazônia
diminuiu bastante, mas a frota de veículos aumentou. A agricultura
também tem melhorado um pouco, mas ainda contribui, principalmente [a
cultura de arroz], para a emissão de metano, a mineração contribui, tem
as termelétricas. O que basicamente coloca o Brasil como país poluidor
tipo primeiro mundo é mais a queima de combustíveis fósseis, e aqui no
Brasil são basicamente termelétricas, de qualquer tecnologia, e também a
frota veicular”.
“A única forma [de evitar um aquecimento maior] é reduzir a emissão
de gases de efeito estufa, diminuindo por exemplo a frota de veículos,
[aumentar as] energias renováveis, solar, eólica, biomassa, redução no
consumo de termelétricas, obviamente não podemos fechar, zerar a
contribuição de gases de queima de combustíveis fósseis, o ideal é
misturar um e colocar outras fontes, obviamente isso pode ter um custo
elevado. Medidas de mitigação são caras”.
As projeções mais otimistas estimam que a temperatura média do
planeta vai subir cerca de 1,5 grau Celsius (ºC) até 2100. No caso das
emissões de gases do efeito estufa, o aumento pode chegar até a 4°C".
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