Sempre
acompanhei, com muito interesse, as discussões acerca do uso das tecnologias
digitais em sala de aula. Os alunos, da geração Z, nativos digitais, estão cada
vez mais desinteressados pela escola e pelo modo tradicional como as aulas são
geridas.
Pensando na
motivação desses alunos e na busca por agregar as novas tecnologias na sala de
aula, muitas escolas já apresentam tablets, computadores, lousas digitais,
e-books, smartphone, vídeos, data shows, software, entre vários recursos
tecnológicos.
No entanto,
semana passada, me chamou a atenção uma matéria da revista digital BBC Brasil,
com o título "Falta de escrever a mão pode prejudicar o desenvolvimento
cerebral das crianças". Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150212_gch_criancas_teclados_fn.shtml?ocid=socialflow_facebook%3FSThisFB&fb_ref=Default
Já destacamos,
em um post anterior, como o uso sem limites de tais recursos pode atrapalhar o
desenvolvimento cognitivo das crianças, mas a reportagem traz uma pesquisa
desenvolvida nos Estados Unidos, com base na análise dos caminhos cerebrais que
a aprendizagem ocorre quando a criança é estimulada a copiar letras à mão ou a
usar computadores.
O resultado
mostrou que as crianças que escreviam à mão tinham mais áreas do cérebro
ativadas, especialmente as da leitura, mesmo sem serem alfabetizadas ainda. Este
fato deve estar relacionado com o aprimoramento da coordenação motora fina, que
estimula áreas específicas do cérebro.
Dessa forma,
fica evidente que é importante a introdução das tecnologias digitais em sala de
aula, mas nada substituirá o caderno, o lápis e a caneta a nível cognitivo.
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