Uma dieta para ser considerada saudável deve
conter todos os grupos de macronutrientes: carboidratos, proteínas, lipídios,
vitaminas e sais minerais.
Ao longo do tubo digestório, o alimento é
quebrado em partículas menores capazes de serem assimiladas pelas células,
dessa forma os carboidratos serão transformados em glicose, as proteínas em
aminoácidos e os lipídios em ácidos graxos. Após a absorção desses
micronutrientes pelo sangue, esses podem seguir várias vias metabólicas, mas
para esse post vou especificar somente a utilização das proteínas pela célula
para produção de energia.
As proteínas são encontradas em alimentos de
origem animal, como carnes, aves, ovos, leites e derivados, e de origem
vegetal, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico) e cereais
(milho, trigo, etc.)
No corpo humano, as proteínas são classificadas
conforme a função que desempenham.
Proteínas transportadoras - São aquelas
que atuam no transporte de moléculas para dentro e para fora das células. São
proteínas da membrana plasmática. A hemoglobina, por exemplo, é uma proteína
transportadora. Presente nas hemácias, transporta o oxigênio dos pulmões para
os tecidos do corpo.
Proteínas reguladoras - Existem
alguns tipos de hormônios que são proteínas e possuem a função de regular
atividades metabólicas no organismo. Podemos citar como exemplo de proteína
reguladora a insulina. Sintetizada no pâncreas, ela atua no metabolismo de
lipídeos e proteínas, além de ser responsável pela entrada da glicose nas
células.
Proteínas de defesa (anticorpos) - Atuam
no sistema imunológico do nosso organismo, ou seja, possuem a função de
protegê-lo de organismos estranhos (vírus, bactérias e etc.) que penetram em
nosso organismo. A trombina e o fibrinogênio também são proteínas de defesa,
pois atuam na coagulação do sangue em caso de ferimentos e cortes, evitando a
perda sanguínea.
Proteínas catalizadoras - Estas
proteínas possuem a função de acelerar e facilitar reações químicas que ocorrem
no interior das células. As enzimas, por exemplo, são proteínas catalizadoras.
Proteínas estruturais - São
aquelas que possuem a função de promover a sustentação estrutural aos tecidos
do organismo. Podemos citar como exemplos: elastina (atua na estrutura da pele)
e queratina (atua na estrutura dos pelos, unhas e cabelos).
Proteínas contráteis - Estas
proteínas possuem a função de possibilitar a contração das fibras dos músculos.
A miosina e a actina são exemplos de proteínas contráteis.
As proteínas são tão importantes, que o dogma
centrar da biologia molecular diz que, o DNA contém as informações genéticas,
que são transcritas para uma molécula de RNA, que ao ser lido produz uma cadeia
polipeptídica, que irá ser transformada em proteína, para que a célula expresse
suas funções.
As proteínas são formadas por 20 aminoácidos
diferentes. Destes, 11 são ditos não essenciais, pois nosso corpo os produz, no
entanto 09, classificados como essenciais, são produzidos em pequena quantidade
e precisam ser repostos através da alimentação. São eles:
Aminoácidos essenciais: Leucina,
isoleucina, valina, triptofano, metionina, fenilalanina, treonina e lisina (a
histidina é um aminoácido essencial na infância).
Aminoácidos não-essenciais:
Alanina, arginina, ácido aspártico, aspargina, ácido glutâmico, cistina,
cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina.
Todos os aminoácidos estão presentes em alimentos
ricos em proteínas, como carnes, leite, abacate, abóbora, feijão e soja. Veja
agora algumas funções desempenhadas por alguns deles:
Triptofano: participante da produção da
vitamina niacina e do neurotransmissor serotonina, responsável pela sensação de
bem-estar.
Metionina: um dos responsáveis pela
fabricação de compostos como colina e carnitina, esse aminoácido ajuda na
formação de tecidos do corpo.
Fenilalanina: dá origem à tirosina e,
juntas, produzem a tiroxina e a epinefrina. A tirosina está envolvida na
formação do pigmento da pele e dos cabelos.
Arginina e citrulina: fazem parte da
formação da ureia no fígado.
Glicina:
se alia a substâncias tóxicas transformando-as em substâncias não-prejudiciais
à saúde e que, depois da união, são excretadas pelo organismo
Histidina: aminoácido formador da
histamina, que causa a dilatação dos vasos sanguíneos.
Glutamina: o aminoácido mais abundante
no plasma e nos músculos.
O organismo não pode armazenar aminoácidos e,
portanto, existe uma constante quebra e rearranjos de proteínas. Para
incentivar essa “renovação proteica” ou reciclagem de proteínas, existe a
necessidade de um aporte constante de proteínas através da alimentação. Muitas
vezes, pode existir um excesso de determinados aminoácidos e proteínas totais.
Nestas situações, o fígado converte-os em glicose, para o fornecimento
energético.
Depois de ler todos os benefícios das proteínas,
você pode se indagar: então se eu comer somente proteínas estarei
emagrecendo e aumentando a minha massa muscular?
Acontece que as necessidades diárias da ingestão
de proteínas situam-se em torno de 0,8 a 1 grama por quilo de peso. Em relação
à contribuição total das proteínas na ingestão calórica, recomenda-se cerca de
10 a 15%.
O organismo utiliza apenas as proteínas que
necessita, e uma vez que a maioria dos alimentos ricos em proteínas, apresentam
também altos teores de gordura, uma dieta hiperproteíca pode conduzir ao ganho
de peso e à deposição de gordura. Para a manutenção de uma vida saudável, é
essencial a escolha de uma alimentação equilibrada e variada, sem exagerar nas
proteínas.
Já os atletas, por vezes, têm a tendência para
consumir quantidades acrescidas deste nutriente, uma vez que os músculos são
constituídos por proteínas, com o objetivo de obter uma maior força e volume
muscular. O consumo diário médio, neste caso, é de cerca de 1,4 gramas de
proteínas por quilo de peso corporal. Contudo, uma ingestão proteica superior
não aumenta a força ou resistência muscular. A única forma de fortalecer e
desenvolver os músculos é através do exercício físico.
Outra desvantagem, diz respeito aos resíduos
tóxicos produzidos pelo organismo ao quebrar as proteínas para produção de
energia. Quando um aminoácido entra na respiração celular, pelo Ciclo de Krebs,
gera amônia, que é extremamente tóxica ao organismo. O sistema circulatório
encaminha essa amônia ao fígado que a converte em ureia, que posteriormente é
eliminada pelos rins. Portanto, uma alimentação muito rica em proteínas pode
gera insuficiência renal.
Uma pesquisa divulgada no site http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/2014/03/estudo-alerta-dieta-rica-em-proteina-animal-pode-aumentar-risco-de-cancer.html,
afirma que pessoas que ingerem muitas proteínas, principalmente na forma de
suplementos, correm mais riscos de desenvolver câncer, diabetes e obesidade.
Portanto, antes de iniciar uma dieta por conta própria, seja para emagrecer ou para adquirir massa muscular é essencial procurar um Nutricionista.
Nossa, que legal, gostei muito de aprender muito sobre as proteínas na alimentação.
ResponderExcluirEu venho estudando e aprendendo muito sobre as proteínas, gastronomia cultural e culinária e este site aqui vem me ajudando muito também.