Sou apaixonada pela neurociência, e
principalmente em como essa ciência explica como o nosso cérebro armazena
informações na memória e como é possível aprender.
Mesmo as concepções de ensino e de aprendizagem serem amplamente discutidas, o ensino continua baseado no repasse de
informação, onde o professor é a peça central.
Dessa forma, especialmente alunos de preparatório para
vestibular ou da graduação, precisam reter o maior número de
informações em um curto espaço de tempo para conseguir alcançar seus
respectivos objetivos, seja entrar em uma universidade ou se manter no
curso escolhido.
O post de hoje apresento algumas sugestões para
otimizar o estudo e garantir uma boa aprendizagem.
Para começar, o professor ensina e o aluno
aprende, CERTO? Não necessariamente, o cérebro não consegue memorizar todas as informações
que lhe chegam o tempo todo. Ele é bastante seletivo, ou seja, só irá armazenar
as informações que lhe sejam VITAIS. Como assim?
O nosso cérebro é uma máquina formada por
milhares de células, especialmente os neurônios, que consomem muita energia
para poderem sintetizar neurotransmissores e realizar sinapses nervosas.
Calcula-se que esse órgão corresponda a 2% da massa do corpo, mas consuma, em média, 25% da
energia produzida.
Portanto, boa parte dos alimentos e do oxigênio que
consumimos diariamente são destinadas a esse órgão. No momento em que
vivenciamos uma situação significativa, os neurônios estabelecem novas conexões
entre si, o que determina a memória.
Os aprendizados vividos e todas as informações
processadas durante o dia são fixadas no período de três a seis horas seguintes
à sua aquisição.
As memórias podem ser classificadas de acordo com o
conteúdo (a que reconhece a realidade e o contexto, outra que abrange fatos e
eventos e ainda a que guarda os procedimentos e hábitos) e pela duração (a
curta, retida por segundos ou no máximo seis horas, e a de longa duração, que
persiste por muitas horas ou mesmo por anos).
Para entender como otimizar o cérebro a seu favor
na hora de aprender trago agora alguns apontamentos realizados pela Dra.
Cardoso no site: http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm.
- Estimular a memória. Utilize ao máximo a sua capacidade mental. Desafie o novo. Aprenda novas habilidades. Se você trabalha em um escritório, aprenda a dançar. Se for um dançarino, aprenda a lidar com computador; se trabalhar com vendas, aprenda a jogar xadrez; se for um programador, aprenda a pintar. Isto poderá estimular os circuitos neurais do seu cérebro a crescerem.
- Prestar atenção. Não tente guardar todos os fatos que acontecem, mas focalize sua atenção e se concentre naquilo que você achar mais importante, procurando afastar de si todos os demais pensamentos.
- Relaxar. É impossível prestar atenção se você estiver tenso ou nervoso.
- Associar fatos a imagens. Aprenda técnicas mneumônicas. Elas são uma forma muito eficiente de memorizar grande quantidade de informação.
- Visualizar imagens. Veja as figuras com os "olhos da mente". E perceba se ocorrem processos fisiológicos associados.
- Alimentos. Algumas vitaminas são essenciais para o funcionamento apropriado da memória: tiamina, ácido fólico e vitamina B12. São encontradas no pão e cereais, vegetais e frutas. Alguns especialistas afirmam que vitaminas sintetizadas melhoram a memória, mas outros duvidam dizendo que estudos não comprovaram que estes nutrientes funcionam.
- Água. A água ajuda a manter bem funcionante os sistemas da memória, especialmente em pessoas mais velhas. De acordo com a Dra.Turkington, a falta de água no corpo tem um efeito direto e profundo sobre a memória; a desidratação pode levar a confusão e outros problemas do pensamento.
- Sono. Afim de se conseguir uma boa memória, é fundamental que se permita sono suficiente e descanso do cérebro. Durante o sono profundo, o cérebro se desconecta dos sentidos e processa, revisa e armazena a memória. A insônia leva a um estado de fadiga crônica e prejudica a habilidade de concentrar-se e armazenar informações.
Além dessas dicas, é importante:
- tomar nota durante as explicações, e depois organizar as principais ideias em forma de esquemas, e olhá-los de vez enquanto, isso ajuda a dizer para o cérebro que aquilo é importante.
- realizar associações entre os conteúdos e vivencias pessoais.
- praticar atividades físicas, isso auxilia na oxigenação do cérebro e na liberação de substâncias importantes para a atividade cerebral.
- conversar com alguém sobre aquele assunto. Ensinar para a mãe ou estudar com um colega.
- ao fazer anotações no caderno, destacar com caneta colorida as principais partes para chamar a atenção do cérebro para elas.
- nunca deixar para estudar no dia da prova, pois o nervosismo afeta o processamento das informações.
- nós aprendemos através das informações que nos chegam pelos órgãos do sentido, quanto mais eles forem estimulados melhor. Portanto, não se aprende somente ouvindo o professor ou olhando ele dar aula, é necessário uma interação maior.
E não se esqueça, para garantir uma boa
aprendizagem é fundamental interesse, uma alimentação balanceada e várias horas
de sono.
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