Se tem um assunto que assusta as mulheres em início de sua atividade sexual é o medo de engravidar. Muitas até fazem uso de um método como preservativo, comprimido anticoncepcional, anel vaginal, implante, entre tantas possibilidades que existe no mercado atualmente. No entanto, sempre bate um pânico depois de uma relação.
Para evitar esses medos eu acredito que é preciso, antes de mais nada, conhecer o próprio corpo. Isso ajuda muito a programar a sua vida sexual e entender as mudanças hormonais que transformar o humor de uma mulher em uma "montanha russa", com altos e baixos.
Para começar, isso não é só papo de mulher. Os homens precisariam acompanhar o ciclo menstrual de suas mulheres/parceiras/namoradas a fim de compreendê-las melhor e evitar certos assuntos em alguns dias do mês.
O ciclo menstrual de todas as mulheres são controlado pela ação de 4 hormônios, dois da hipófise: FSH e LH e dois do ovário: estrógeno e progesterona. Esses hormônios funcionam no corpo por meio de feedback negativo, ou seja, se a concentração de um está alta a do seu antagônico está baixa.
Na metade no ciclo menstrual os 4 hormônios estão altos e a mulher se sente atraente, feliz, de bem com a vida. Mas no final do ciclo esses hormônios abaixam suas concentrações e surge a tal famosa TPM.
A ação desses hormônios é amadurecer um ovócito II e preparar o útero para receber o embrião.
Basicamente, após a menstruação a hipófise libera o FSH que agirá no folículo primário para que um ovócito (que foi produzido ainda na fase embrionária) termine seu amadurecimento. Portanto, as células reprodutoras femininas possuem a idade da mulher, pois foram produzidas antes mesmo de seu nascimento. O FSH alto induz o folículo primário a liberar estrógeno que agirá preparando o útero para a gravidez. O estrógeno alto, o FSH diminui um pouco e a hipófise libera o LH, que induz o ovário a liberar o ovócito II (este só irá se transformar em óvulo caso for fecundado, portanto, libera-se todo mês um ovócito secundário e só quem já engravidou é que produziu um óvulo). Após liberar o ovócito II o folículo se transforma em corpo lúteo e secreta progesterona para manter o endométrio para a nidação (fixação do blastocisto).
O esquema abaixo pode facilitar a compreensão desse processo:
Além de saber toda a fisiologia do ciclo menstrual é necessário acompanhar mês a mês o andamento desse ciclo, para isso é importante anotar em um calendário ou utilizar um aplicativo para isso.
Após saber a cada quanto tempo ocorre a menstruação, basta calcular a metade desse período e será o dia da ovulação. Mas como vários fatores externos, como estresses, medicamentos, podem interferir na ação dos hormônios é aconselhado contar 4 dias antes da metade do ciclo e 4 dias depois.
Mas se a mulher conhecer bem o seu corpo também poderá perceber no dia da ovulação a secreção de um muco incolor e inodoro, que indica justamente a liberação do ovócito II.
Eu gostei muito do aplicativo MEU CALENDÁRIO, que calcula o ciclo e permite adicionar várias informações com relação a sintomas e humor.
Portanto, hoje em dia não há desculpa para buscar o autoconhecimento, especialmente o do próprio corpo. Já superamos aquela época em que tínhamos muito medo dos pais e da sociedade, pois menina direita precisava casar virgens e não poderia se tocar, se conhecer e saber o que lhe faz bem.
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